Secretaria do Ambiente inaugura projeto Ecobuffet no morro da Chacrinha

Minc e Ingrid participaram do lançamento do Projeto EcoFuffet no morro da ChacrinhaFoto: Luiz Morier

Minc e Ingrid participaram do lançamento do Projeto EcoFuffet no morro da Chacrinha
Foto: Luiz Morier

Ascom SEA

Sandra Hoffmann

Iniciativa capacita moradores de comunidades pacificadas em aproveitamento integral de alimentos, culinária, empreendedorismo e educação ambiental

Os moradores do morro da Chacrinha, na Tijuca, Zona Norte do Rio, ganharam hoje (26/03) um importante instrumento de inclusão social que visa a levar cidadania e a incentivar o empreendedorismo em comunidades pacificadas do Rio de Janeiro: o Projeto Ecobuffet; uma iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).

Desenvolvido pela Superintendência de Território e Cidadania (STC), da SEA, em parceria com o Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o Ecobuffet vai capacitar moradores em aproveitamento integral de alimentos, culinária, empreendedorismo e educação ambiental – além de oferecer orientação e suporte para a formação de uma cooperativa que ofereça serviços de buffet sustentável (com cardápio produzido a partir de alimentos reaproveitados).

Ao participar da cerimônia de lançamento, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, destacou que o Ecobuffet é o quarto projeto de inclusão social que a SEA desenvolve em comunidades pacificadas. Segundo ele, nos últimos dois anos, cerca de 1.500 pessoas já foram capacitadas e, destas, aproximadamente 35% estão inseridas no mercado de trabalho. Minc disse ainda que a Caixa Econômica Federal vai oferecer financiamento de até R$ 6 mil aos interessados em abrir seu próprio negócio.

“Nós estamos desenvolvendo quatro projetos de inclusão social nas áreas pacificadas. Além do Ecobuffet, temos a Fábrica Verde, que transforma lixo eletrônico em inclusão digital; a EcoModa, que capacita na área de moda, a partir do reaproveitamento de retalhos, banners e fantasias em bolsas, acessórios e roupas; e as Comunidades Verdes, em que os moradores aprendem técnicas de cultivo de mudas e de plantio, com ênfase em ações de produção de plantas ornamentais, de paisagismo – como de recobrimento vegetal de muros e fachadas residenciais – e de reflorestamento. Além de capacitar, os projetos também têm a finalidade de incentivar a prática do empreendedorismo de forma que os moradores possam gerir seu próprio negócio”, explicou o secretário.

Ele também anunciou que o Morro da Chacrinha será a próxima comunidade pacificada a receber o projeto Fábrica Verde, que funcionará no 2º andar do prédio-sede do projeto Ecobuffet.

A superintendente de Território e Cidadania da SEA, Ingrid Gerolimich, disse que o Projeto Ecobuffet capacitará cem pessoas nos cursos de aproveitamento integral de alimentos, culinária, empreendedorismo e educação ambiental.

“Ao longo de cinco meses, serão realizados três encontros semanais. Os alunos inscritos têm mais de 16 anos e concluíram ou estão cursando o ensino médio; e recebem bolsa-auxílio mensal de R$ 120. A ideia é que essas pessoas possam abrir seu próprio negócio ou se organizar em cooperativa, de forma que possam comercializar o que produzirem”, afirmou Ingrid.

A professora e diretora do Instituto de Nutrição da Uerj, Inês Rugani, aprova a iniciativa e de se ensinar a usar os alimentos integralmente. Ela citou como exemplo um bolo feito inclusive com cascas de banana.

“A casca da banana, muito nutritiva, que normalmente vai para o lixo, virou ingrediente deste bolo. No canapé de cenoura crua em forma de estrela, as aparas, ao invés de irem para o lixo, foram utilizadas em um coquetel de fruta. São receitas simples e saborosas e que fazem a diferença”, ressaltou.

Outros projetos de inclusão social da SEA

1.    Fábrica Verde – Tem o objetivo de transformar lixo eletrônico em inclusão digital, por meio do reaproveitamento de computadores usados, e gerando empregos para moradores das comunidades pacificadas, já que os jovens alunos são capacitados em manutenção e montagem de computadores. A cada três máquinas doadas por moradores e empresas públicas e privadas, os jovens produzem um computador em condição de uso, que em geral é doado para telecentros comunitários. Atualmente, o Fábrica Verde é desenvolvido no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio e na Rocinha, em São Conrado.

2.    EcoModa – Oferece capacitação nas áreas de costura, modelagem, desenho e ilustração de moda e estamparia com foco no reaproveitamento e utilização de materiais, com o menor impacto ambiental possível. O projeto também visa a promover a autonomia econômica e social de moradores de comunidades pacificadas, incentivando a prática do empreendedorismo.  Atualmente, o projeto é desenvolvido na comunidade pacificada da Mangueira.

3.   Comunidades Verdes – Tem o objetivo de capacitar moradores em técnicas de recobrimento vegetal de muros e fachadas residenciais e encostas desprovidas de vegetação, reflorestamento, plantio de mudas, implantação de hortos comunitários. É desenvolvido nas comunidades pacificadas do Fogueteiro, em Santa Teresa; do Batan, em Realengo, na Zona Oeste da cidade; no Complexo do Alemão; e da Formiga, na Tijuca.

 

As nutricionais do Instituto de Nutrição da Uerj que vão ministrar os cursos do Projeto EcoBuffetFoto: Luiz Morier

As nutricionais do Instituto de Nutrição da Uerj que vão ministrar os cursos do Projeto EcoBuffet
Foto: Luiz Morier

 

A superintendente de Território e Cidadania, Ingrid Gerolimich, e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, provam quitutes do Projeto EcoBuffetFoto: Luiz Morier

A superintendente de Território e Cidadania, Ingrid Gerolimich, e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, provam quitutes do Projeto EcoBuffet
Foto: Luiz Morier